quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

MEDIOCRIDADE

Medíocre sou!
Já faz (fazem?) mais de uma hora que estou aqui, na web e com o "Google" disponível.
Busquei a definição no "Aurélio" e no "Houaiss" e as copiei...mas não "colaram", então terei que improvisar.
A idéia era iniciar com o significado do título, mas já que não deu certo...vamos em frente!
(risos)
Reconheço que sou "medíocre" pela incapacidade de disponibilizar o conceito, claro.
Mas como nada ocorre por acaso, de repente é um "desafio": Suplantem vossa mediocridade!
Meu conceito; aquilo que assimilei: MÉDIO = meio termo!
Até aí, perfeito. Sempre enalteço o fato de sermos assim, equlibrados.
Nem tão sublimes, tampouco nefastos.
Mas reconheço que é assunto polêmico...definam, sugiram e compartilhem, ok?
Acrescentarão!
A inspiração nos cerca, nos persegue.
Mais uma vez a inconformidade e o questionamento ante o inusitado foi o mote.
Fui parar nesta noite num ambiente musical...
E a música me envolve, me subjuga, me absorve.
O gênero não me era aprazível, mas juro que não tenho preconceitos.
Porém, ouvir um "duo" cantando em cima de uma base pré-gravada, é foda!
(risos)
De início, ao tentar assimilar, quis partir e fugir. Mas por consideração aos amigos queridos que me fizeram presente em tal ambiente, permaneci.
E o desenrolar dos fatos apenas reforçou que deveria ter ouvido meu desconforto inicial e partido...
Isso me pouparia!
E pouparia todos aqueles que porventura venham a ler minha manifestação aqui exposta.
Mas...
Fiquei e indignei-me!
Apesar de muitos (a maioria) dos presentes ficarem embevecidos.

Eu e a música temos uma relação de "amor e ódio". A amo, mas ela não se concretiza.
Basta citarem uma palavra, uma frase...e o "chato"aqui já cantarola uma música.
A respeito, ela me emociona.
Mas sou infinitamente inferior ao que ela representa; ao seu significado.
E aí surge algo difícil de se conciliar: Emoção X Racionalidade
A disseco, vou a fundo...letra, melodia, harmonia, etc.
Mesmo sem ter embasamento teórico.
Eu apenas canto...ou acho que o faço.

Bem, chega de "tergiversar"!
Depois dos caras que (baseados em programas de computador) apenas suplantavam a voz de uma canção genuína e autêntica; original. E com microfone e violão colocavam suas vozes...
(Mas eram aplaudidos, enaltecidos pela obviedade)
Bem...
Depois deles houve "uma canja".
Reconheça-se o mérito, claro.
Uma voz e um violão, apenas.
Enalteço-os por isso!
Mas só por isso.

O "vocalista" cantava bem, tinha técnica.
Aquele que o acompanhava e "segurava a base", não era um "fora de série", mas segurava a onda...
Meu senso crítico estava os tolerando, absorvendo...desvirtuando qualidades de defeitos.
A "revolta" surgiu depois de um comentário de um cara que considero pra caramba, um exímio (e canhoto) guitarrista.
Ao passar por um amigo meu, vi ele dizendo: "Este cara é o MAIOR VOCALISTA de banda que já ouvi."
Conceito dele, que tenho que respeitar e assimilar...mas discordo.
O "cara" era (é) bom, mas ser o "maior"....por favor!
Cantar é alma, é coração, é improviso...é ser único e fugir ao óbvio!
Minha percepção já vislumbrou sublimes intérpretes.
Se basta ao cantor em questão ser ovacionado pelo público ignóbil, ignorando sua alma...cresça e evolua. A mim não convenceu!
Mas conceitos são relativos; de repente o medíocre sou eu.

Meus pudores entraram em combustão no meu íntimo. Como eu "canto", poderia parecer soberba e vaidade a manifestação de agora. Mas não é!
Música e eu...só noutro tempo, dimensão e encarnação.
Mediocridade não, nunca!
JAMAIS!
Improvise, personalize-se....seja e se manifeste!
Vislumbrarás o infinito assim.

3 comentários:

  1. Suas ideias e opiniões sempre foram o seu maior forte.Nunca se cala ou se deixa levar . Teus conceitos e tuas observações estaram sempre visíveis, independente de quem vc tenha q contrariar. Seu genio forte e as vezes desnecessário, vão sempre fazer parte da sua vida. Mas a mediocridade estará sempre bem longe do seu padrão. Admiração, sim ,é isso que vc faz se manisfestar sempre em mim. Beijos

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  2. Não escutei o rapaz cantar. Mas imagino que ele esteja para uma Mônica Salmaso, de repente, com muito mérito. Com toda a admiração que tenho por ela. Mas nunca chega a ser uma Elis Regina. Elis é daquelas que não canta com a voz, canta com o corpo, com tudo o que tem, suspende o tempo e o espaço e nos faz suspensos também.

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